sexta-feira, 30 de abril de 2010

Domínio próprio.

Caro leitor, é com grande satisfação que lhe apresento mais este humilde trabalho, espero que seja de grande valia para sua vida espiritual, assim como foi para mim escreve-lo.

Falaremos sobre o tema domínio próprio, uma virtude muito grandiosa, que no nosso tempo é algo cada vez mais raro, vivenciamos situações diárias em que somos provados, provados até o limite do nosso ser e o mais difícil é conseguirmos nos mantermos sóbrios diante de tantos desafios a que somos submetidos.

A idéia sugerida é a do individuo que sabe controlar firmemente seus desejos e paixões.

Desejos e paixões que digo aqui, não se detem apenas ao sentido literal das palavras mas sim no seu contexto geral, desejos de todas as naturezas e paixões racionais ou físicas que lidamos no nosso dia a dia.

RM 8: 5á8 os nossos desejos dizem respeito as nossas inclinações, aquilo para o que nós por desejo mais pendemos, á pessoas que chegam a dar coisas valiosas em troca dos seus desejos, há aqueles que dão até a própria vida por algo desejado, no versículo 6 do capitulo 8 de Romanos nos diz que a inclinação da carne é morte, mas a inclinação do espírito é vida e paz.

Assim se o desejo do homem é para a carne, então esta dominado pelo pecado e não por Deus RM6:23.

Porém se o nosso desejo é para as coisas espirituais, logo estamos nos dedicando á Deus, assim devemos nos entregar em totalidade nas mãos do Espírito santo e deixar que ele seja o guia dos nossos desejos.

Mas aqui está a chave de um dos maiores problemas que enfrenta o ser humano, pender para a carne está na natureza pecaminosa do ser, mas pender para o espírito é uma herança espiritual que deve ser reacendida por uma chama que cauteriza a mancha do pecado, mas é muito difícil mas não impossível manter esta ferida fechada.

Fala-se sobre livre arbítrio, pense agora se o homem goza ou não deste domínio próprio!

A pessoa que domina o seu ser por completo não é autodestrutiva, como posso consumir substâncias nocivas ao meu organismo e ao mesmo tempo dizer que me domino?

Se o que está me dominando é a natureza carnal que me diz que eu posso fazer o que eu quero com o meu corpo.

Logo não há domínio e sim escravidão, conheci muitas pessoas com diversos jeitos de ser, mas todas as que não tinham a plenitude do espírito em sua vida, eram escravizadas de alguma forma.

Ou por um vicio ou por um estilo de vida que não agrada a Deus.

O ser que tem o verdadeiro livre arbítrio é aquele que tem consciência de que o certo é ouvir a Deus. Tomemos o exemplo de Adão e Eva nossos pais na carne e no pecado, até o momento em que caíram na ruína eles tinham o domínio sobre o seu ser e sobre tudo o que estava sobre a face da terra, o que é muito poder.

Até ai não conheciam a desobediência e nem o sofrimento, mas no momento em que deixaram de ouvir a razão que lhes foi dada e ouviram o estimulo externo da cobiça “a cobiça gera o pecado e o pecado gera a morte.”

A partir daí já não mais dominam o seu ser e sim passam a serem dominados pelo desejo dos estímulos externos, das coisas que são visíveis, perdendo assim o direito de domínio verdadeiro do ser que foi trocado por um falso e mentiroso sentimento de liberdade, que remete apenas ao mundo físico e matando a parte mais importante do ser que é o espírito humano a única ponte de ligação com Deus.

Ligação esta que nos permite viver em plenitude na terra e no céu, em comunhão com Deus e com os homens buscando harmonia entre seres físicos e celestiais, fazendo o bem pois o que sabe fazer o bem e não o faz é pecador, logo não domina entre as duas naturezas mas sim é dominado pela carnal, mas se faço o bem ai sim tenho domínio sobre mim, e, domino as duas naturezas, física e espiritual que um dia se unirão para ser da mesma essência de Deus.

Para ver se chego à plenitude da perfeição a estatura do varão perfeito CRISTO,

Este Cristo chamado pelo novo testamento de segundo Adão, este que é espírito vivificante, ou seja, pode nos mostrar o caminho para conciliar as duas naturezas e já não sermos apenas almas viventes, filhos do pecado, mas sim espiritualmente vivificados pelo seu sacrifício que nos da o direito de sermos chamados filhos de Deus.

Sendo assim dominadores e não dominados, pois vivemos não mais nós, mas cristo vive em nós, logo dizemos que sendo ele dominador de todas as coisas e ele estando em nós nos da o direito de fazermos uso deste poder, para reunir para Deus um povo que se vira contra o pecado e se volta para ele novamente, fazendo o caminho inverso, e, retornando ao domínio de Deus que é um com seus filhos.